segunda-feira, 28 de maio de 2012

Uns trabalham, outros são produtivos…

Em 2010, a Coreia, a Grécia e o Chile foram os países da OCDE que mais trabalharam e apresentaram um número médio de horas anuais por trabalhador de 2193, 2109 e 2068 horas, respetivamente. Do lado oposto, temos países como Holanda (1377), Noruega (1414) e Alemanha (1419).
A Grécia vive atualmente sufocada, num estado semi-morto, ao contrário da Alemanha que este ano será das poucas economias a crescer. Os dados da OCDE mostram, portanto, que um maior número de horas de trabalho não significa uma maior produtividade.
A média dos países da OCDE cifra-se em 1749 horas anuais por trabalhador. Em Portugal, o número médio de horas de trabalho até tem vindo a decrescer nos últimos anos, atingindo em 2010 um número médio de 1714 horas por trabalhador. Segundo os dados da OCDE em que se baseia este artigo, que compreendem um período de 10 anos (de 2000 a 2010), Portugal apresentou sempre um número médio de horas anuais abaixo da média dos países da OCDE.
Se trabalhamos poucas ou muitas horas? Não interessa. Somos pouco produtivos. E para sermos mais produtivos não adianta trabalharmos mais horas, temos sim de trabalhar mais nas mesmas horas.
A culpa não é dos trabalhadores portugueses. Aliás, na minha opinião os trabalhadores portugueses são dos melhores trabalhadores que existem. O Luxemburgo é um país onde trabalham inúmeros portugueses e eles são um país 2 a 3 vezes mais produtivo que nós. Se cá em Portugal a maioria dos patrões pagam o mesmo a um trabalhador se ele produz 10 ou 20, naturalmente que o trabalhador produz 10 mesmo sabendo que consegue produzir 20. É tudo uma questão de incentivos. Portugal tem muitos gestores. Pena é que a maioria sejam maus gestores. Ninguém trabalha para aquecer.

Fonte: OCDE 

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